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Orçamento de Obras

Ferramenta estratégica para tomada de decisões assertivas em uma obra.

Orçamento (5D) BIM

Resultados com precisão e confiabilidade.

Gestão de Obras

Controle dos Custos, Prazos e Processos melhora a Perfomance e os Resultados .

Engenharia Econômica

Estudo de Parâmetro e indicadores otimizando resultados.

Planejamento e Controle de Obras

Ferramenta indispensável para atingir Metas e Resultados.

25 fevereiro 2016

Cálculo do custo de uma base de brita graduada simples.








 Abordaremos um estudo de caso, para compreensão dos principais fatores que envolvem o custo de uma base de brita graduada simples e elaborar sua composição de preços unitários de forma prática. Calculando o levantamento dos quantitativos necessário, interpretar a cotação do material e inserir os dados na composição.

Estudo de Caso
  Será construída uma base de brita graduada conforme os dados de projeto e a produção diária da equipe serão de 400 m. Montar a composição de preços unitário do serviço e calcular o custo.






Dados fornecidos:
Ø  Brita graduada simples – BGS.
ü  Material solto              => ƴ = 1,7 ton/m³
ü  Material compactado => ƴ = 2,2 ton./m³
ü  Distancia da Pedreira  a obra => 25 km
ü  Preço da Brita graduada simples => 50,00 R$/ton (FOB)
ü  Preço do transporte da brita 0,55 R$ /(ton x km)

v Equipamentos:
ü Rolo compactado Liso CA 25        =>   85,00 R$/h
ü Rolo Compactador de Pneus       =>    95,00 R$/h
ü Motoniveladora                             =>  160,00 R$/h        
ü Caminhão Tanque 6.000 l            =>    75,00 R$/h
Obs.: O valor da hora do  equipamento já esta incluso o operador.

v  Mão-de-obra:
ü  Encarregado de turma       => 30,65 R$/h
ü  Greidista                               => 13,13 R$/h
ü  Servente                               => 11,05 R$/h    
ü  Obs.: Os valores da hora da mão-de-obra já estão incluso os encargos sociais.

1ª Etapa Cálculo do Volume (m³)
 O primeiro passo do estudo: vamos calcular o volume da brita graduada simples necessária para produção diária da base .

§  Produção diária prevista  400,0 m.

Cálculo:

  V = ( 400,00 x 3,50 x 0,20 )
  V = 280,00 m³

2ª Etapa - Cálculo do volume real
Encontramos o volume necessário para execução da base, mas para solicitarmos uma cotação e compramos a brita graduada precisamos converter de m³ para tonelada, como também existem uma diferença entre o material  solto e compactado temos, que calcular este indicie de Empolamento e ter o valor real a ser solicitado.

Vamos ao cálculo:

Material solto              => ƴ = 1,7 ton/m³
Material compactado => ƴ = 2,2 ton./m³


          



Logo, o indicie de Empolamento (%) = 1,29.

Volume real :

V = 280,00 x 1,29

  V = 362,35 m³

Como nossa cotação será em toneladas, é só converter o volume de metro cúbico para tonelada.
Temos:
= 362,35 x 1,70 = 616,00 toneladas.

3ª Etapa premissas da cotação.

Ao solicitarmos uma cotação é preciso atentar para fatores que influenciam nos preços:
ü  Unidade de fornecimento
ü  Quantidade
ü  Condições de pagamento
ü  Validade da proposta
ü  Local e condições de entrega
ü  Frete
ü  Impostos, etc.

O material em especifico do nosso estudo, é a brita graduada simples, sendo importante ao solicitarmos a cotação ter ciência de sermos atendido na produção diária, outro fator a ser levado em consideração é se a proposta esta com frete incluso:
É comum utilizar as siglas FOB e CIF
·         FOB  (“free on board” = livre a bordo) ou seja o comprador arca com o frete e despesas adicionais.

·         CIF (“Cost, insurance and freight” = custo, seguro e frete) o seja, os custos com frete já estão incluso no preço, é muito utilizada à expressão “posto na obra”.

   No estudo, o preço da brita graduada simples é fornecimento (FOB), sendo necessário calcular custos com frete.
Cálculo:
Transporte  => 25,00 x 0,55 = 13,75 R$/ton x km, mas a composição de preços unitários esta em m³, logo => 13,75 x 1,7 = 23,38

3ª Etapa - Cálculo da produção da equipe.

 Como foi previsto a produção da equipe será 400 m.

Obs.: A unidade da composição de preços unitários esta em m³.
Cálculo:
  • Volume (m³) = 280,00 ;
  • Jornada diária 9 horas.
 Equipamento:
ü Rolo compactado Liso CA 25       =>  1 und
ü Rolo Compactador de Pneus       =>   1 und
ü Motoniveladora                          =>  1 und
ü Caminhão Tanque 6.000 l           =>  1 und

Produção=> 280 : 9 = 31,11 m³/h

Produtividade => 1m³ : 31,11 m³/h = 0,03214 h

v  Coeficiente = 0,03214
v No nosso estudo vamos utilizar apenas a hora produtiva.

Mão-de-obra:
Equipe dimensionada  - Encarregado  – 1
                                - Servente       – 2
                                - Greidistas      – 2                                        


4ª Etapa – Elaboração da Composição de Preços Unitários.



v    Concluirmos que o custo de execução da base é (14,46 + 2,54) = 17,00 R$/m³.
E  o custo com material é 150,77 R$/m³,  Sendo custo total   da composição de preços unitários igual a 167,77 R$/m³.
v Os Preços unitários dos equipamentos e cotações são meramente ilustrativos para o exercício em questão.





23 fevereiro 2016

Análise das etapas de um Orçamento de Obras.

 Manoel Melo
          
  Vamos analisar passo a passo as etapas da elaboração do orçamento de obra, de forma prática e objetiva traça um roteiro destacando os principais pontos de cada fase.
                                     Xxxxxxxxx                                   
                                                                                                                                                                                                                                                                              

 Uma das principais ferramentas do orçamentista é a leitura de interpretação dos documentos fornecidos e disponíveis para orçamento. Não podemos ficar limitados apenas aos cálculos, indicie de produtividades, composições, etc. Inerentes da rotina do orçamentista, mas antes de iniciarmos o cálculo do orçamento, temos que buscar todas as informações disponíveis no orçamento, por esta razão vamos analisar o roteiro acima e entendermos a importância o enriquecimento que cada uma trás ao desenvolvimento do orçamento.


 1ª Fase - Leitura e interpretação dos documentos disponíveis:
Edital, Projetos e Especificações.
v  Edital – Documento que trás um conjunto de regras que regem o processo de licitação. Principais destaques:
ü   Objeto da Obra
ü   Prazo da Obra
ü   Critérios de medição, reajustes contratuais.
ü   Orçamento estimado, data base do orçamento.
ü   Datas-marcos, prazos contratuais.
ü   Horários de trabalhos e turnos previstos
ü   Minuta de Contrato.
ü   Critérios de participação na licitação
ü   Seguros exigidos

v  Projeto e Especificação – É quase uma leitura em conjunto, pois um complementa o outro. Muitas licitações disponibilizam apenas os projetos básicos da obra.

2ª Fase- Visita  técnica.
    É uma etapa importante no processo de elaboração do orçamento. A visita ao local da obra, situar o projeto, esclarece dúvidas, possibilita à verificação de condicionantes da obra, tais como: acesso, disponibilidade de insumos e mão de obra. Outro fator é que na visita seja elaborado um relatório com fotos, e a disponibilidade de fornecedores locais e mais detalhes que possam ser observados.

3ª Fase – Identificação dos Serviços/Levantamento dos Quantitativos/ Planilha de Quantidades.
 Nas licitações já disponibilizam previamente a planilha de quantidades em seus editais, mas é importante levantarmos as quantidades com base nos projetos, e compararmos com as quantidades de planilha para evitar distorções de valores, influenciando diretamente no custo orçado.

4ª Fase – Custo Direto (CD)
  É composto pela soma de todos os custos unitários mais todos os custos diretamente relacionados com a produção. O custo unitário é resultado do produto entre preços unitário e a quantidade do serviço. Para encontramos o preço unitário é necessário à elaboração da Composição de Preços Unitários (CPU).

          


v  Composição de Preços unitários (CPU)
 Nesta fase o orçamentista já tem um conhecimento mais apurado da obra, todas as informações do edital que influenciarão o seu custo, conhece o projeto e suas especificações, e o relatório de visita técnica lhe posicionou sobre obra trazendo um pouco de luz em algumas dúvidas de projeto.
 Com uma base de conhecimento técnico, uma visão sistêmica. Pode-se iniciar a elaboração das composições de preços unitários. A composição de Preços Unitários pode se dividir em três grupos de custos:
ü  Equipamento;
ü  Mão-de-obra;
ü  Materiais/Serviços.

                                       Composição de preços Unitários (CPU)



5ª Fase – Custo indireto (DI)
 Podemos entender como sendo custo indireto todas as despesas da obra não ligadas aos serviços orçados na composição de preços unitários do orçamento, ou seja, custos de manutenção e administração da obra, tais como salários da administração, despesas de canteiro, imprevistos, taxas extras.

6ª Fase – BDI (Benefícios e Despesas Indiretas)

  É um percentual aplicado sobre o Custo Direto (DI) para diluir sobre estes itens, os valores referentes aos Custos indiretos (DI), lucros e impostos, tendo como resultado o preço de venda.
 Podemos incluir como BDI:
ü  Despesas Indiretas para execução da Obra;
ü  Custos financeiros;
ü  Impostos
·         ISSQN
·         COFINS
·         PIS
·         CSLL
·         IRPJ
 ü  Lucros

14 fevereiro 2016

Como calcular os volumes de Escavações e Transporte do material escavado.


P
ara iniciarmos a escavação precisamos identificar a classificação do material, pois influencia no preço de execução. O material proveniente de escavação pode ser classificado em três categorias: material de 1ª categoria, 2ª categoria e 3ª categoria. Outro fator importante é inserirmos neste cálculo a expansão volumétrica (Empolamento) que este material sofre ao ser escavado, para calcularmos o volume de transporte.


Material de 1ª categoria:
Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo e inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização de “Dozer”, “Scraper” rebocado ou motorizado.

Material de 2ª categoria:
Compreende os de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente poderá envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha, de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

Material de 3ª categoria:
Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada, e blocos de rocha, com diâmetro médio superior a 1,00 m, ou de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de explosivos.

 Vamos analisar na prática o seu cálculo
Como já vimos nas definições acima, o material escavado é classificado em três categorias. E quando calcularmos o custo da escavação, a categoria do material influência no preço de execução. E que para encontramos o volume de transporte será necessário empolar o volume de escavação. Encontramos o percentual de Empolamento através de ensaio de densidade (massa especifica), sendo executado e calculado em laboratório, que em muitos casos são montados na própria obra.




Exemplo: Será executado um talude em material de 1ª categoria e transportado este material a um estoque de solo. (fig1)
Dados:
ü  Através da topografia foi encontrado volume de corte do material igual 600 m³.
ü  No ensaio de laboratório encontramos a densidade do material no corte 
   ƴc = 1,90 t/m³ e solto ƴc = 1,40 t/m³.












                                                                                                                        Fig.1
Precisamos encontrar o volume a ser transportado?
Vamos ao cálculo:
v  Para encontrarmos o índice de Empolamento temos:







Logo, temos o V(m³) escavado = 600,00 m³
V(m³) do material a ser transportado = 600,00 x 1,35 = 814,28 m³

Assim precisamos considerar o empolamento do material escavado para encontrar o volume de transporte. É importante no orçamento de obras públicas, observa os critérios de medição, pois muitos mencionam volume de escavação no corte, ou seja, temos que empolar este material para encontrar o volume de transporte.


11 fevereiro 2016

Como transformar o serviço executado na obra em uma composição de preços unitários.


Manoel Melo

Abordaremos desta vez o caminho inverso para construirmos uma composição de preços unitários, ou seja, temos que analisar uma tarefa executada e transformá-la em uma composição de preços unitários. E para isto, precisamos entender alguns conceitos de forma prática, tais como: produtividade e produção.

Ø  Produtividade – Ação de produzir quantidade de unidades em um intervalo de tempo.
Ø  Produção – É quantidade de unidades produzidas em determinado intervalo de tempo.

Vamos analisar estes conceitos de forma aplicada em uma composição de preços unitários:

Uma construção de drenagem com bueiro tubular de concreto simples CA-2 diâmetro 60 cm.
Inclusive escavação e reaterro.
ü  A produção da equipe: por dia é de 40,0 m de tubulação pronta.
ü  Equipamento utilizado será retroescavadeira.
ü  Mão-de-obra: 2  pedreiros e 4 serventes.
ü  Tubo de concreto CA-2 Ø 60 cm.



Processo construtivo:
·         Escavação mecanizada da vala
·         Escoramento para manter estáveis os taludes das escavações.
·    Esgotamento para retirada da água da vala quando necessário a fim de permitir o desenvolvimento dos trabalhos.
·         Compactação e regularização do fundo da vala para assentamento do tubo.
·         Lastro de brita para berço. (em alguns casos berço será de concreto especificado por projeto)
·         Assentamento do tubo de concreto.
·         Reaterro compactado.

 Importante ler a NBR 12266.



Produção – 40,0 m
Se considerarmos uma jornada de 9 horas.
Produtividade da equipe será igual 40,0 : 9 = 4,44 => 4,44m/h.

Com o conhecimento da produtividade podemos montar a composição de preços unitários, como também as composições auxiliares.

_                       _________Composição de preços unitários – Principal__                  ___      ______



_________                      _Composição de preços unitários – Auxiliar__                    ____________


________                    __Composição de preços unitários – Auxiliar__                       ____________


__________                               Composição de preços unitários – Auxiliar_            _____________