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23 fevereiro 2016

Análise das etapas de um Orçamento de Obras.

 Manoel Melo
          
  Vamos analisar passo a passo as etapas da elaboração do orçamento de obra, de forma prática e objetiva traça um roteiro destacando os principais pontos de cada fase.
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 Uma das principais ferramentas do orçamentista é a leitura de interpretação dos documentos fornecidos e disponíveis para orçamento. Não podemos ficar limitados apenas aos cálculos, indicie de produtividades, composições, etc. Inerentes da rotina do orçamentista, mas antes de iniciarmos o cálculo do orçamento, temos que buscar todas as informações disponíveis no orçamento, por esta razão vamos analisar o roteiro acima e entendermos a importância o enriquecimento que cada uma trás ao desenvolvimento do orçamento.


 1ª Fase - Leitura e interpretação dos documentos disponíveis:
Edital, Projetos e Especificações.
v  Edital – Documento que trás um conjunto de regras que regem o processo de licitação. Principais destaques:
ü   Objeto da Obra
ü   Prazo da Obra
ü   Critérios de medição, reajustes contratuais.
ü   Orçamento estimado, data base do orçamento.
ü   Datas-marcos, prazos contratuais.
ü   Horários de trabalhos e turnos previstos
ü   Minuta de Contrato.
ü   Critérios de participação na licitação
ü   Seguros exigidos

v  Projeto e Especificação – É quase uma leitura em conjunto, pois um complementa o outro. Muitas licitações disponibilizam apenas os projetos básicos da obra.

2ª Fase- Visita  técnica.
    É uma etapa importante no processo de elaboração do orçamento. A visita ao local da obra, situar o projeto, esclarece dúvidas, possibilita à verificação de condicionantes da obra, tais como: acesso, disponibilidade de insumos e mão de obra. Outro fator é que na visita seja elaborado um relatório com fotos, e a disponibilidade de fornecedores locais e mais detalhes que possam ser observados.

3ª Fase – Identificação dos Serviços/Levantamento dos Quantitativos/ Planilha de Quantidades.
 Nas licitações já disponibilizam previamente a planilha de quantidades em seus editais, mas é importante levantarmos as quantidades com base nos projetos, e compararmos com as quantidades de planilha para evitar distorções de valores, influenciando diretamente no custo orçado.

4ª Fase – Custo Direto (CD)
  É composto pela soma de todos os custos unitários mais todos os custos diretamente relacionados com a produção. O custo unitário é resultado do produto entre preços unitário e a quantidade do serviço. Para encontramos o preço unitário é necessário à elaboração da Composição de Preços Unitários (CPU).

          


v  Composição de Preços unitários (CPU)
 Nesta fase o orçamentista já tem um conhecimento mais apurado da obra, todas as informações do edital que influenciarão o seu custo, conhece o projeto e suas especificações, e o relatório de visita técnica lhe posicionou sobre obra trazendo um pouco de luz em algumas dúvidas de projeto.
 Com uma base de conhecimento técnico, uma visão sistêmica. Pode-se iniciar a elaboração das composições de preços unitários. A composição de Preços Unitários pode se dividir em três grupos de custos:
ü  Equipamento;
ü  Mão-de-obra;
ü  Materiais/Serviços.

                                       Composição de preços Unitários (CPU)



5ª Fase – Custo indireto (DI)
 Podemos entender como sendo custo indireto todas as despesas da obra não ligadas aos serviços orçados na composição de preços unitários do orçamento, ou seja, custos de manutenção e administração da obra, tais como salários da administração, despesas de canteiro, imprevistos, taxas extras.

6ª Fase – BDI (Benefícios e Despesas Indiretas)

  É um percentual aplicado sobre o Custo Direto (DI) para diluir sobre estes itens, os valores referentes aos Custos indiretos (DI), lucros e impostos, tendo como resultado o preço de venda.
 Podemos incluir como BDI:
ü  Despesas Indiretas para execução da Obra;
ü  Custos financeiros;
ü  Impostos
·         ISSQN
·         COFINS
·         PIS
·         CSLL
·         IRPJ
 ü  Lucros