Manoel Melo
Vamos analisar passo a passo as etapas da
elaboração do orçamento de obra, de forma prática e objetiva traça um roteiro destacando
os principais pontos de cada fase.
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Uma
das principais ferramentas do orçamentista é a leitura de interpretação dos
documentos fornecidos e disponíveis para orçamento. Não podemos ficar limitados
apenas aos cálculos, indicie de produtividades, composições, etc. Inerentes da
rotina do orçamentista, mas antes de iniciarmos o cálculo do orçamento, temos
que buscar todas as informações disponíveis no orçamento, por esta razão vamos
analisar o roteiro acima e entendermos a importância o enriquecimento que cada
uma trás ao desenvolvimento do orçamento.
1ª Fase - Leitura e interpretação dos documentos disponíveis:
Edital, Projetos e Especificações.
v Edital – Documento que trás um conjunto
de regras que regem o processo de licitação. Principais destaques:
ü
Objeto da Obra
ü
Prazo da Obra
ü
Critérios de medição, reajustes contratuais.
ü
Orçamento estimado, data base do orçamento.
ü
Datas-marcos, prazos contratuais.
ü
Horários de trabalhos e turnos previstos
ü
Minuta de Contrato.
ü
Critérios de participação na licitação
ü
Seguros exigidos
v
Projeto e
Especificação – É quase uma leitura em conjunto, pois um complementa o
outro. Muitas licitações disponibilizam apenas os projetos básicos da obra.
2ª Fase- Visita técnica.
É uma etapa importante no
processo de elaboração do orçamento. A visita ao local da obra, situar o
projeto, esclarece dúvidas, possibilita à verificação de condicionantes da
obra, tais como: acesso, disponibilidade de insumos e mão de obra. Outro fator
é que na visita seja elaborado um relatório com fotos, e a disponibilidade de
fornecedores locais e mais detalhes que possam ser observados.
3ª Fase – Identificação dos
Serviços/Levantamento dos Quantitativos/ Planilha de Quantidades.
Nas licitações já
disponibilizam previamente a planilha de quantidades em seus editais, mas é
importante levantarmos as quantidades com base nos projetos, e compararmos com
as quantidades de planilha para evitar distorções de valores, influenciando
diretamente no custo orçado.
4ª Fase – Custo Direto (CD)
É
composto pela soma de todos os custos unitários mais todos os custos
diretamente relacionados com a produção. O custo unitário é resultado do
produto entre preços unitário e a quantidade do serviço. Para encontramos o preço
unitário é necessário à elaboração da Composição
de Preços Unitários (CPU).
v Composição de Preços unitários (CPU)
Nesta fase o orçamentista já tem
um conhecimento mais apurado da obra, todas as informações do edital que
influenciarão o seu custo, conhece o projeto e suas especificações, e o relatório
de visita técnica lhe posicionou sobre obra trazendo um pouco de luz em algumas
dúvidas de projeto.
Com uma base de conhecimento
técnico, uma visão sistêmica. Pode-se iniciar a elaboração das composições de
preços unitários. A composição de Preços Unitários pode se dividir em três
grupos de custos:
ü Equipamento;
ü Mão-de-obra;
ü Materiais/Serviços.
Composição de preços Unitários (CPU)
5ª Fase – Custo indireto (DI)
Podemos entender como sendo custo indireto
todas as despesas da obra não ligadas aos serviços orçados na composição de
preços unitários do orçamento, ou seja, custos de manutenção e administração da
obra, tais como salários da administração, despesas de canteiro, imprevistos,
taxas extras.
6ª Fase – BDI (Benefícios e
Despesas Indiretas)
É um
percentual aplicado sobre o Custo Direto (DI) para diluir sobre estes itens, os
valores referentes aos Custos indiretos (DI), lucros e impostos, tendo como
resultado o preço de venda.
Podemos incluir como BDI:
ü
Despesas Indiretas para execução da Obra;
ü
Custos financeiros;
ü
Impostos
·
ISSQN
·
COFINS
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PIS
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CSLL
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IRPJ