Manoel Melo
Na engenharia a maioria das obras exigem trabalhos prévios movimentação de terras, ou seja, execução de uma terraplenagem. Dependendo do porte e característica da obra este serviço compreende uma parcela significativa da obra e seu custo requer atenção.
Entende-se terraplenagem
como sendo o processo de modificar a configuração natural do terreno, alterando
assim a topografia original de forma a torná-la mais apropriada para uma
construção. Estão inclusa neste conjunto de operações: desmatamento, limpeza,
escavações, carga, transporte, descarga, aterros, compactação e acabamentos,
tendo como finalidade transpor o terreno natural para plataforma de projeto.
Ao iniciarmos
o estudo do custo de execução da terraplenagem para obras de: construção de uma
rodoviária, implantação de uma fábrica, construção de uma ferrovia etc.; temos que
ter em mente antes de qualquer ação inicial de cálculo, a compreensão de quais são
suas etapas, suas características construtivas e sua finalidade e assim
orçarmos de forma sistêmica. Outra questão que não pode ser desprezada no
orçamento é o Empolamento, fenômeno físico sofrido pelo solo quando alterado
estado original, ocorrendo a expansão de seu volume após surgimento espaços
vazios(Vs), como também o processo inverso ocorrido na compactação(Vc) . Todos
esses fatores devem ser observados para efeito de cálculos do transporte do
material.
Na terraplenagem
podemos encontrar as seguintes seções transversais:
A construção de um aterro compactado, o seu volume
previsto no projeto será de 2.300 m³. Precisamos calcular o volume de
transporte do solo da jazida que está a uma distância de 3,0 km do aterro, como
também calcular o volume de escavação.
A massa específica: no corte, solta e compactada obtidas
através do ensaio de compactação Proctor, são respectivamente:
Ƴc = 1,60 t/m³(corte);
Ƴs = 1,20 t/m³(solto);
Ƴa = 1,70 t/m³(aterro).
1ª Etapa – Cálculo dos volumes de escavação e
transporte necessários para o aterro compactado.
Temos as densidades do material compactado e no
corte, logo:
2ª Etapa – Calculados os volumes. Elaboramos
a planilha de serviços e quantidades.
3ª Etapa – Elaboração das composições
de preços unitários:
A elaboração das composições de
preços unitários está separada em sua estrutura de cálculo em três grupos de
custos: equipamento, mão-de-obra e materiais/serviço.
v
Equipamento – Neste grupo será necessário encontrarmos
o custo horário do equipamento, ou seja, preço da hora deste equipamento. Que
podemos encontrar basicamente de duas formas, por cotação de preço de locação
ou quando o equipamento é próprio através do cálculo do custo horário de equipamento. Outro fator de cálculo que precisamos
encontra será a Produção das equipes mecânicas, ou seja, a produtividade do equipamento por unidade de serviço.
v
Mão-de-obra – Neste grupo será necessário encontrarmos
os custos da hora da mão-de-obra, como também os encargos sociais aplicados.
Podemos encontrar estes custos através do Cálculode custo horário de mão-de-obra e do Cálculo dos encargos sociais sobre a mão-de-obra.
v
Materiais/Serviços – Neste grupo precisamos calcular o
consumo por unidade de serviço da composição e o preço unitário por unidade do
produto/serviço.
Composições de preços unitários:
4ª Etapa – Inserir os Custos Unitários
das composições de preços na Planilha:
É importante quando orçamos uma obra
iniciarmos com a leitura do termo de referência e especificações técnicas, e no
caso de obras de concorrência observar os critérios de medição.