Uma
metodologia muito utilizada em obras de infraestrutura pesada é construção de
forma pré-moldada. Tipo de construção muito comum em viadutos e pontes seja no
caso com vigas pré-moldadas ou balanços sucessivos. Isto por vários motivos,
redução dos custos construtivos, por necessidade de minimizar a interferência da
obra, por ser em algumas situações a melhor opção construtiva, existem também
casos de viadutos sobre linhas férreas em atividades ou avenidas de grande
fluxo, onde uma construção convencional geraria impactos de grandes proporções
tornando a inviabilidade do projeto. O nosso objetivo não é analisarmos o
melhor de método construtivo, pré-moldado ou convencional, e sim analisarmos os
custos envolvidos na elaboração de um orçamento envolvendo vigas pré-moldadas lançadas
com guindastes de rodas com pneus para entendermos custos envolvidos nesta
operação.
É
comum ao orçamos a utilização de guindastes na elaboração dos custos de uma
obra, levarmos em conta apenas o custo da hora do guindaste de acordo a
capacidade de carga de içamentos, mas existe um custo na operação que não
podemos desprezar e em muitos casos não estão incluso na locação do
equipamento. Outro fator importante ao utilizarmos este equipamento é atentarmos
as diretrizes expostas nas normas NBR 10842 para guindaste de roda com pneus e
NBR 18 que estabelece diretrizes com objetivo de
obter segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na
Indústria da Construção.
Vamos
listar e comentar os principais itens que estão no processo de operação com
guindaste:
Plano de rigging.
Para
movimentação e içamentos de cargas com guindastes é necessário à elaboração de
plano de rigging, é um estudo balizado pela
norma, que detalha toda a operação de içamentos e movimentação de cargas com
guindastes. Este estudo é realizado por
profissional habilitado e certificado para esta atividade denominado rigging. É
um trabalho que visa trazer segurança e eficiência a operação. Neste plano
estão contidos desde o posicionamento do guindaste, altura da lança telescópica
e sua capacidade de carga. São verificados por este profissional as condições
do terreno aonde será patolado o guindaste, ação do vento, descrição dos
acessórios utilizados (cabos de aço,
manilhas, cintas, presilhas catracas e olhais, etc.) e suas respectivas
cargas. Podemos compreender a complexidade da atividade, e precisamos ter em
mente este custo previsto e inserido no orçamento tais como o desenvolvimento
do plano de rigging ou dependendo do porte da obra o acompanhamento em toda
etapa de içamentos deste profissional full time.
Acessórios (cabos de aço,
manilhas, cintas, presilhas catracas e olhais).
Em
conformidade com as especificações do plano de rigging, temos que prever as
aquisições dos acessórios. E de pendendo do número de cargas içadas e ao
desgaste natural, a reposição das mesmas, isto ocorre muito nos casos das
cintas e cabos de aço que são os mais solicitados na operação e os primeiro a
sofrerem desgastes.
Profissionais
envolvidos na operação içamentos e movimentação de carga
É
necessário na operação de içamentos e movimentação de cargas com guindaste a
existência de profissionais que orientem o operador e traga mais segurança e
eficiência a todo o processo, e neste caso contamos com uma equipe treinada
para isto, que são: um rigger, que orienta o operador do guindaste com base no
plano de içamentos (plano de rigging), ou seja, é o profissional de campo que
conduz a operação e dois ou três sinaleiros, que isolam o local para maior segurança
e também dar apoio para o rigger.
Como podemos ver existe um custo que vai além da hora do equipamento e é preciso estar atento. Quanto mais próximo do custo realizado no campo conseguiu atingir no orçamento, mais precisos serão nossos custos.