Estamos atravessando um
cenário no Brasil, de uma crise sem precedente, altos índices de desemprego,
retração da economia, aumento dos juros e redução dos créditos, e toda esta
avalanche, o mercado mais atingido, tem sido a indústria da construção civil.
Tendo obrigado as construtoras buscarem estratégias para enfrentarem esta fase.
Mas, ao longo da história da civilização as grandes crises foram grandes
oportunidades de se reinventar, ou seja, buscar soluções a curto e longo
prazo.
Em
curto prazo será gestão integrada em seus processos construtivos e em longo
prazo, capacitação e incentivos às pesquisas de novas tecnologias estreitando
os laços com as universidades e centros de tecnológicos. O gargalo a ser
solucionado neste caminho que ainda afeta diretamente os resultados são o
desperdício e os índices flutuantes de produtividade na construção civil. Mesmo
com todo o avanço tecnológico adquirindo nos últimos anos, com resultados
comprovados e a quebra de paradigmas dos trabalhos empírica artesanal, ainda se
encontra resistências na incorporação desses avanços, em muitos casos nos seus
processos de produção. Segundo uma pesquisa inédita realizada pela Consultoria
Delloite em parceria com SindusCon e com apoio da Secovi sobre gestão
orçamentaria, o estudo apontou um desvio
médio entre os valores Orçado e o custo real de uma obra com uma diferença de
21,7%. Um índice alto e preocupante, demonstrando à importância do orçamento e
planejamento como peça fundamental no fracasso ou sucesso de um projeto.
A engenharia de custo passa ter cada vez uma posição estratégica na busca desses resultados e uma aliada indispensável à gestão integrada, tendo três pilares: orçamento, planejamento e controle.
Não
podemos pensar em soluções tecnológicas na busca da redução dos custos sem ter como
pano de fundo a executabilidade no canteiro e o comprometimento dos setores de
projetos e produção neste objetivo.
Algumas
construtoras já têm em seus processos sistemas integrados (orçamento x planejamento
x compras), software de orçamento que monitoram este poder de decisão e o custo
orçado norteia e defini as ações balizadas nos valores definidos no orçamento,
ou por uma construção de custo com participação de todos os setores envolvidos em
conjunto com suas expertises criando uma base de dados de composições de preços unitários construídos com cálculos e variáveis
alcançadas na obra. Cada orçamento elaborado tem que ser visto como sendo
singular, mesmo que sejam réplicas de projetos já executados, temos que agregar
as experiências anteriores, mas entender a especificidade de cada projeto, pois
não conseguimos ter o mesmo cenário e as mesmas condições de obras anteriores.
Como podemos observar existe um leque de
ações objetivas que a curto e longo prazo trarão resultados para uma eficiente
redução dos custos basta ter em mente as metas predefinidas e o comprometimento
da equipe, uma gestão de controle e um orçamento preciso, ou seja, que retrate
o mais fielmente os custos reais de cada unidade de serviço executada.