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29 abril 2016

Como estruturar uma composição de preços unitários de obras rodoviárias.

Manoel Melo

 As obras rodoviárias tem uma particularidade na elaboração de suas composições de preços unitários. Por serem obras, em que seu peso maior corresponde à utilização de equipamentos pesados, um fator tem que ser levado em consideração:
Ø  Produção das equipes mecânicas.

Então, temos que elaborar as composições de preços unitários, calculadas com base na produção horária dos equipamentos. Quando ocorrer caso que venham a ter mais de um equipamento envolvido no processo construtivo, o equipamento principal será responsável por esta produção e os demais equipamentos terão um percentual de participação efetiva, ou seja, as composições terão os seus grupos de insumos relação direta com esta produção horária deste equipamento.
 Uma forma de custearmos as composições usualmente por (uma) unidade de custo, tais como:
 m³; kg; /m²,etc.
Nas composições de obras pesadas são mais usados os termos:
m³/h; m²/h, etc. indicando uma referencia a produção horária dos equipamentos.
Vamos analisar um exemplo de uma composição rodoviária do Sicro II (DNIT):

Ø Composição de preços unitários       Esc. Carga e transp. Mat 1ª cat DMT 400 a 600m c/e (fig.1)


 Ø  Produção da equipe (fig.2)

        
         Observamos em destaque para execução desta tarefa uma relação de equipamentos:
  • Motoniveladora;
  • Escavadeira hidráulica;
  • Caminhão Basculante.
 Ø  Equipamento responsável pela produção horária. (fig.3)


Podemos observar na fig.3 que a escavadeira é o equipamento maior percentual operativo, ou seja, o equipamento que é responsável pela produção horária, os demais equipamentos com percentuais de participação.

Como vemos as composições de preços unitários para obra de construção pesada, especificamente rodoviária tem sua formatação vinculada à produção das equipes mecânicas. Outro fator importante na sua construção é o dimensionamento dos equipamentos necessários ou patrulha para execução dos serviços. Por esta razão é importante um conhecimento dos equipamentos utilizados nas obras rodoviárias. As experiências de campo contribuem bastante para o orçamentista, como também uma aproximação com o planejamento e produção.